Uma situação muito comum, que acontece com meus pacientes é a seguinte: muitas vezes, após a solicitação de um exame como a colonoscopia, consta no laudo médico “doença diverticular ou diverticulose”. A partir desse momento, a confusão com diverticulite é praticamente certa. Neste texto você vai descobrir a diferença entre doença diverticular, diverticulose e diverticulite.
Continue a leitura e confira de forma detalhada a diferença entre essas três condições clínicas com nomes tão parecidos.
Doença diverticular, diverticulose e diverticulite: são a mesma coisa?
Antes de explicar para você a diferença entre esses três quadros clínicos, vamos à origem do problema: a doença diverticular, a diverticulose e a diverticulite são causadas por problemas nos divertículos.
Os divertículos são pequenas bolsas projetadas para fora da parede do intestino grosso, mais frequentes a partir dos 40 anos de idade, que são resultado de uma fraqueza intestinal. Eles podem ser observados em exames como colonoscopia e tomografia.
Enquanto essas bolsas projetadas não provocam sintomas, o diagnóstico é de doença diverticular. A partir do momento em que os divertículos aparecem nos exames e os sintomas são percebidos (dor abdominal, sangramento pelas fezes, entre outros), o nome clínico designado é diverticulose. Ou seja, com sintomas é diverticulose. Sem sintomas é uma doença diverticular.
Embora afetem o mesmo órgão do corpo (intestino grosso) e dividam nomes bem parecidos, a diverticulite e a diverticulose são problemas diferentes. E mais importante: necessitam de tratamento personalizado.
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Causas prováveis
Uma das principais causas das doenças relacionadas aos divertículos é a baixa ingestão de fibras na alimentação. Por esse mesmo motivo, países onde o consumo de fast foods são mais intensos, os casos de pessoas com o quadro clínico aumentam exponencialmente.
Para evitar fortes dores e preservar a saúde intestinal, algumas medidas simples devem ser tomadas diariamente: ter uma alimentação rica em fibras, muitas frutas e verduras; ingerir bastante líquidos e evitar excesso de açúcares.
Ao contrário da crença popular, está liberado o consumo de grãos e sementes para quem tem diverticulite. Estudos comprovam que a ideia de que quem sofre com a doença não pode ingerir esses alimentos está desmoralizada. Ou seja, você pode, sim, comer grãos e sementes!
Em geral, tanto a diverticulose quanto a diverticulite atingem pessoas a partir dos 40 anos de idade, e é mais comum entre os homens. Apenas de 10% a 20% das pessoas com diverticulose apresentam quadros de diverticulite, que é considerado mais grave e passível de cirurgia.
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Quando procurar um médico gastroenterologista?
Embora a intervenção cirúrgica seja extremamente rara, ao apresentar os sintomas dor abdominal e sangramento pelas fezes, o paciente deve procurar imediatamente ajuda médica para iniciar o tratamento adequado.
De modo geral, todo o tratamento pode ser realizado na própria casa do paciente, a partir da indicação de antibióticos e remédios prescritos por um médico gastroenterologista.
Você se identifica com algum dos sintomas citados anteriormente? Não deixe de consultar com um gastroenterologista para realizar exames e evitar que se transforme em um problema mais grave.
Meu nome é Everson Fernando Malluta, sou médico e especialista em gastroenterologia e atuo há mais de 20 anos como médico. Para agendar a sua consulta, entre em contato pelo site. Aproveite, também, para me seguir no Instagram e acompanhar os conteúdos que compartilho por lá!
Após cirurgia de trombose hemorroidária, sinto barulhos constantes no estômago, principalmente à noite e às vezes, cólica. O que será??
Após uma cirurgia, como a que você realizou para trombose hemorroidária, é comum observar algumas mudanças temporárias nos hábitos intestinais e na função digestiva. Os barulhos constantes no estômago e cólicas podem ser decorrentes de várias razões associadas tanto ao processo de recuperação pós-operatória quanto às mudanças na dieta ou na mobilidade.
Se os sintomas persistirem, forem severos ou você notar outros sinais como febre, sangramento ou dor intensa, é importante consultar seu médico. Pode ser necessário realizar exames adicionais para garantir que não há complicações decorrentes da cirurgia ou outras condições associadas que necessitem de atenção médica.