Colocação, retirada e acompanhamento.

Trata-se de uma bola revestida com silicone altamente resistente e preenchida por um conteúdo líquido. Essa bola é introduzida no estômago do paciente, como uma forma de ocupar espaço e aumentar a sensação de saciedade. A inserção é feita com o uso de um endoscópio, em um procedimento muito similar a uma endoscopia. Depois disso, já dentro do estômago, o balão se expande, ocupando o espaço necessário. Além da presença física, o balão promove alterações hormonais e neurais, que ajudam no processo de reeducação alimentar. A aquisição de novos hábitos, inclusive, é tão importante quanto o balão em si para garantir os melhores resultados. Um ponto que vale destacar em relação ao balão é sua alta resistência, fundamental para o sucesso do tratamento. Como seu tempo de permanência dentro do estômago é de 6 meses a 1 ano — e considerando a hostilidade do ambiente estomacal —, fica muito claro por que o material deve ser tão resistente.

Existem diversos tipos de balões intragástricos, mas no Brasil estão disponíveis apenas alguns deles. Existem dois tipos mais comuns: o não ajustável (de seis meses a um ano) e o ajustável (um ano). Ambos são esferas feitas de silicone e inseridas na cavidade gástrica por meio de endoscopia. A grande diferença entre os dois tipos é que o não ajustável pode ser preenchido uma única vez, e o ajustável pode ter seu volume aumentado ou diminuído conforme a necessidade.

A recomendação é basicamente uma. O balão intragástrico é indicado especialmente para pacientes com IMC entre 27 e 32 kg/m². Para pacientes considerados super obesos, isto é, com IMC superior a 50 kg/m², o balão pode ser utilizado como uma solução para perda de peso pré-operatória. No entanto, ainda mais importante que falar sobre quem está apto para colocá-lo é mostrar as contraindicações. O balão não é indicado para pessoas que já passaram por operações no estômago; que possuem tumor no estômago; que têm úlcera ativa na parede gástrica; que têm uma hérnia diafragmática hiatal maior que 5 cm; e que tenham menos de 16 anos. Caso o paciente não se enquadre em nenhum desses “poréns”, e esteja dentro do IMC recomendado, ele está apto para colocar o balão intragástrico.