A retocolite ulcerativa é uma doença inflamatória intestinal (DII) crônica não contagiosa em que há inflamação e ulcerações no intestino grosso (cólon) e no reto em sua camada mais superficial, a mucosa.
Neste texto você vai entender mais sobre essa doença, quais são seus sintomas, tratamentos e causas. Continue a leitura!
O que é a retocolite ulcerativa?
Como citamos, a retocolite ulcerativa é uma doença inflamatória intestinal. Ao contrário da Doença de Crohn, geralmente a retocolite ulcerativa não afeta a espessura completa da parede intestinal e quase nunca afeta o intestino delgado.
Normalmente, a doença afeta o reto e o sigmóide (fim do intestino grosso), e pode estender-se de forma parcial ou total pelo restante intestino grosso.
Ela costuma se manifestar em indivíduos entre os 15 e 30 anos de idade, apesar de ocorrer em qualquer fase da vida. Inclusive, pessoas que desenvolvem retocolite ulcerativa em idade mais jovem são mais propensas a ter sintomas graves.
Quais são os sintomas e como é realizado o diagnóstico da doença?
Os principais sintomas são sangramento e diarreia com cólicas, sangue, muco e, eventualmente, com pus se houver infecção. As crises de diarreia são persistentes.
É comum o paciente apresentar o sintoma de tenesmo retal, que é a necessidade de evacuar várias vezes durante o dia, mesmo em pouca quantidade, pois a inflamação maior está no final do intestino.
O diagnóstico da retocolite ulcerativa é feito por via endoscópica. O exame ocorre por meio da introdução de um tubo no reto que permite definir se há a presença da doença. Além disso, é importante realizar a colonoscopia para analisar todo o intestino grosso até sua junção com o intestino delgado.
Anemia e carência de albumina (proteína que se perde por causa da ferida no intestino e da produção intensa de muco) são comuns nessa doença, por isso, exames de sangue também são importantes.
Os tipos de retocolite ulcerativa
A doença pode atingir diferentes extensões do intestino, por isso, ela pode ser classificada em leve, moderada ou grave. Além disso, existem diferentes tipos de retocolite ulcerativa:
- Proctosigmoidite: inflamação que afeta o sigmóide (a extremidade inferior do cólon e o reto). Seus sintomas são: dor abdominal, cólicas e diarreia com sangue.
- Proctite ulcerativa: Inflamação que se localiza no intestino reto, mais próximo do ânus. É um problema um pouco menos grave, mas tem como sintoma o sangramento retal.
- Pancolite: costuma afetar toda a extensão do cólon, provocando sintomas um pouco mais intensos, como episódios severos de diarreia com sangue, fadiga, cólicas abdominais e perda de peso.
- Colite do lado esquerdo: inflamação que afeta o reto, o cólon sigmóide e descendente. Provoca dor do lado esquerdo do abdômen, cólicas abdominais, diarreia com sangue e perda de peso.
- Colite ulcerativa severa aguda: manifestação mais rara da inflamação que afeta toda a extensão do cólon. Provoca sintomas intensos, como dores, sangramento, febre, diarreia abundante e incapacidade de alimentação.
Causas e tratamentos
Ainda não se sabe exatamente o que desencadeia a retocolite ulcerativa, entretanto, é possível que ela seja desencadeada por um distúrbio do sistema imunológico. Dessa forma, o organismo entende que o intestino é um órgão estranho e começa a combater as células do reto e do cólon.
Infelizmente também não foi descoberta uma cura definitiva para a doença, mas é possível garantir a qualidade de vida dos pacientes com o tratamento adequado.
Existem vários tratamentos, tanto para a fase de crise quanto para a manutenção. Alguns tratamentos são feitos via oral, por supositórios e outros injetáveis, isso vai depender da extensão da doença, do quadro clínico e de uma série de fatores, que será definido pelo especialista.
Se você perceber a presença de algum dos sintomas apresentados neste texto, não exite em procurar um médico especialista o mais rápido possível.
Eu sou médico especialista em gastroenterologia e realizo atendimentos na Clinmedi, em Itajaí/SC. Para entrar em contato e agendar a sua consulta, envie uma mensagem pelo WhatsApp. Pelo meu site, você pode conhecer mais sobre o meu trabalho e conferir outros artigos como este!