A obesidade é uma doença crônica reconhecida mundialmente por suas amplas repercussões na saúde individual e coletiva. Essa condição não se limita apenas ao acúmulo excessivo de gordura corporal, mas desencadeia um complexo espectro de riscos, incluindo diabetes, hipertensão arterial, dislipidemia, eventos cardiovasculares, como infarto, variados tipos de câncer e osteoartrite. 

Além das complicações físicas, as implicações psicológicas, como depressão e ansiedade, também são significativas, afetando profundamente a qualidade de vida dos indivíduos.

Globalmente, a obesidade atinge mais de um bilhão de pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a prevalência desta condição é alarmante, com 24,3% dos adultos enquadrados nesta categoria, conforme aponta o Ministério da Saúde – ou seja, 1 em cada 4 brasileiros. Esses dados refletem não apenas um desafio de saúde, mas também um importante dilema social e econômico.

Quais os 4 tipos de obesidade?

Para classificar e entender a obesidade, o índice de massa corporal (IMC) é frequentemente utilizado. Esse índice é calculado dividindo-se o peso do indivíduo pelo quadrado de sua altura e ajuda a categorizar o estado ponderal em várias classes:

  • Peso normal: IMC de 18,0 a 24,9 kg/m²
  • Sobrepeso: IMC de 25,0 a 29,9 kg/m²
  • Obesidade grau 1: IMC de 30,0 a 34,9 kg/m²
  • Obesidade grau 2: IMC de 35,0 a 39,9 kg/m²
  • Obesidade grau 3 ou obesidade mórbida: IMC igual ou superior a 40 kg/m²

Cada categoria possui suas particularidades e riscos associados, exigindo abordagens específicas de manejo e tratamento. Apesar disso, esse método apresenta exceções, já que pessoas com alto índice de massa muscular pode ter um peso maior, o que não significa que estão em sobrepeso.

Quais as causas da obesidade?

A obesidade é o resultado de um conjunto complexo de fatores que inclui hábitos alimentares inadequados, sedentarismo, aspectos genéticos, alterações hormonais e influências psicológicas. 

A alimentação rica em calorias, gorduras e açúcares, combinada com a falta de atividade física, figura como um dos principais motores da obesidade. Além disso, a obesidade infantil vem crescendo alarmantemente, impulsionada pelo consumo de alimentos ultraprocessados e pela diminuição das atividades físicas ao ar livre.

Quais os sinais e sintomas da obesidade?

Os sinais da obesidade são visivelmente notados pelo aumento do tecido adiposo, particularmente na região abdominal. Outros sintomas podem incluir dificuldade para realizar atividades físicas rotineiras, fadiga, sudorese excessiva e problemas de pele. A longo prazo, sintomas de doenças associadas, como dificuldade de respiração, dor nas articulações e fadiga crônica, também são comuns.

Como tratar a obesidade?

O tratamento da obesidade requer uma abordagem multidisciplinar, focando em diversos aspectos para garantir eficácia e sustentabilidade:

1. Alimentação saudável

    Um plano alimentar equilibrado, rico em nutrientes e reduzido em calorias, gorduras saturadas e açúcares é fundamental. Isso inclui a preferência por frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras.

    2. Medicamentos

      Em alguns casos, medicamentos como sibutramina, orlistate, naltrexona com bupropiona, liraglutida, semaglutida e tirzepatida podem ser prescritos para auxiliar na redução do peso, sempre sob estrita supervisão médica.

      3. Prática de atividades físicas

        A regularidade na prática de exercícios físicos é essencial para a perda de peso e manutenção da saúde geral. Recomenda-se pelo menos 150 minutos de atividade moderada por semana.

        4. Psicoterapia

          O apoio psicológico pode ajudar a lidar com os aspectos emocionais relacionados à obesidade, como a baixa autoestima e transtornos alimentares.

          5. Cirurgia bariátrica

            Para casos de obesidade severa, a cirurgia bariátrica pode ser considerada. Esse procedimento reduz o tamanho do estômago, facilitando a perda de peso substancial.

            6. Balão Intragástrico

              O balão intragástrico é uma técnica não cirúrgica utilizada para tratar a obesidade e o sobrepeso, com o objetivo de promover uma perda de peso significativa e duradoura.  

              Esse procedimento envolve a colocação de um balão de silicone no estômago, que é preenchido com soro fisiológico. Essa técnica reduz o espaço disponível no estômago e aumenta a sensação de saciedade, o que ajuda o paciente a ingerir menos alimentos e, assim, a perder peso.

              O balão intragástrico é recomendado principalmente para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) entre 27 e 35, que não conseguiram resultados satisfatórios apenas com dietas e exercícios físicos. Ele funciona como uma ferramenta adicional para melhorar a qualidade de vida e controlar condições de saúde associadas à obesidade, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, entre outras.

              Leia também: Dieta com balão intragástrico: como funciona?

              Esse procedimento pode ser realizado na Clínica do Dr. Everson Malluta, a Clinmedi, localizada em Itajaí/SC.O acompanhamento médico é importante para assegurar os melhores resultados possíveis. 

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