Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade, considerada uma pandemia global do século XXI, mais do que duplicou desde 1980. Até 2023, a obesidade no Brasil continua sendo uma preocupação significativa de saúde pública, sendo considerada a doença do século

De acordo com dados do Ministério da Saúde e pesquisas recentes, mais de 55% da população adulta brasileira está com sobrepeso, e aproximadamente 20% dos adultos são obesos. Além disso, há um aumento alarmante na taxa de obesidade entre crianças e adolescentes, com cerca de 15% apresentando excesso de peso. 

Esses números refletem uma tendência preocupante, associada a diversos fatores como hábitos alimentares inadequados, sedentarismo e determinantes socioeconômicos. 

Com base nisso, preparamos um artigo completo para responder às principais dúvidas da doença do século, a obesidade. Continue a leitura!

A obesidade é uma doença?

Sim, a obesidade é amplamente reconhecida como uma doença crônica e multifatorial, tanto pela OMS quanto por diversas outras organizações de saúde. 

Trata-se de uma condição caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, que pode trazer sérios riscos à saúde. O diagnóstico é geralmente feito pelo cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), onde um IMC igual ou superior a 30 kg/m² é considerado obesidade. No entanto, o IMC sozinho não é suficiente para avaliar os riscos associados, sendo necessário considerar outros fatores, como a distribuição de gordura e a presença de doenças associadas.

A obesidade é uma doença que envolve componentes genéticos, comportamentais, ambientais e metabólicos. Isso a diferencia de um simples “excesso de peso”, já que seus impactos são muito mais amplos e podem resultar em uma série de complicações graves para a saúde.

Quais são os graus de obesidade?

A obesidade é classificada em três graus principais, de acordo com o IMC:

  • Obesidade Grau I (IMC entre 30 e 34,9 kg/m²): considerada obesidade leve, nessa fase os riscos para a saúde já são significativos, mas geralmente as comorbidades associadas ainda são moderadas.
  • Obesidade Grau II (IMC entre 35 e 39,9 kg/m²): nessa fase, os riscos aumentam consideravelmente, com maior predisposição para o desenvolvimento de doenças como hipertensão, diabetes tipo 2 e problemas articulares.
  • Obesidade Grau III (IMC ≥ 40 kg/m²): também chamada de obesidade mórbida, esse grau está associado a um risco muito alto de complicações graves, incluindo doenças cardiovasculares, apneia do sono e certos tipos de câncer.

Quais são as consequências da obesidade?

A obesidade está fortemente associada a uma série de doenças crônicas e condições debilitantes. As principais consequências incluem um aumento significativo no risco de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). 

Além disso, o excesso de gordura, especialmente na região abdominal, está diretamente ligado à resistência à insulina, sendo uma das principais causas do diabetes tipo 2. 

No campo das doenças respiratórias, a apneia do sono é uma condição comum entre pessoas obesas, caracterizada pela interrupção repetida da respiração durante o sono. 

A obesidade também sobrecarrega articulações, como joelhos e quadris, resultando em osteoartrite precoce. Outra consequência grave é o aumento do risco de desenvolver certos tipos de câncer, como o de mama, cólon e endométrio.

Quais são as principais causas?

A obesidade é uma doença complexa que envolve múltiplos fatores, como:

  • Hábitos alimentares inadequados: o consumo excessivo de alimentos ricos em calorias, gorduras e açúcares é um dos principais fatores que contribuem para o aumento de peso.
  • Sedentarismo: a falta de atividade física regular diminui o gasto energético, favorecendo o acúmulo de gordura.
  • Fatores genéticos: a predisposição genética pode influenciar o metabolismo, a distribuição de gordura e a resposta ao ambiente alimentar.
  • Fatores socioeconômicos: baixa renda e falta de acesso a alimentos saudáveis também estão associados ao aumento da prevalência de obesidade.
  • Problemas psicológicos: transtornos alimentares, ansiedade e depressão podem levar ao ganho de peso.

Quais são os tratamentos disponíveis?

O tratamento da obesidade envolve uma abordagem multifatorial que combina mudanças no estilo de vida, intervenção médica e, em casos graves, procedimentos cirúrgicos. Abaixo, confira algumas das alternativas indicadas por profissionais da saúde:

  • Reeducação alimentar: uma dieta equilibrada, rica em nutrientes e com controle de calorias é essencial para a perda de peso.
  • Exercícios físicos: a prática regular de atividades físicas ajuda na queima de calorias e na manutenção do peso perdido.
  • Terapias comportamentais: psicoterapia e programas de apoio podem ser fundamentais para lidar com problemas emocionais relacionados à obesidade.
  • Medicamentos: em alguns casos, medicamentos para perda de peso podem ser prescritos, principalmente para pessoas com obesidade de graus mais altos ou com comorbidades graves.
  • Balão intragástrico: o balão intragástrico é uma das intervenções mais modernas no combate à obesidade. Trata-se de um dispositivo de silicone que é inserido no estômago via endoscopia, ocupando parte do órgão e reduzindo a capacidade de ingestão de alimentos. O balão é temporário (geralmente por 6 a 12 meses) e é utilizado como parte de um programa de perda de peso que inclui dieta e exercícios.
  • Cirurgia bariátrica: trata-se de um procedimento cirúrgico conhecido também como “redução de estômago”, em que busca-se uma alteração do tamanho do estômago do paciente, para ajudá-lo no processo de perda de peso. Além da redução significativa do peso, a cirurgia tem impacto positivo no controle de doenças associadas à obesidade, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial e apneia do sono, melhorando a qualidade de vida e reduzindo o risco de mortalidade cardiovascular.
  • Gastroplastia endoscópica: trata-se de um procedimento inovador e minimamente invasivo para o tratamento da obesidade. Durante o procedimento, um endoscópio equipado com o sistema de sutura Overstitch™ ou Overstitch SX da Boston Scientific é introduzido pela boca até o estômago. Sob anestesia geral, o médico realiza uma série de suturas internas no estômago, moldando-o em um formato tubular semelhante ao de uma manga (daí o termo “sleeve”). Esse formato reduz significativamente o volume gástrico, limitando a capacidade de ingestão de alimentos e prolongando o tempo de digestão, o que aumenta a sensação de saciedade.

Leia também: Tudo que você precisa saber sobre o balão intragástrico

A obesidade é, sem dúvida, uma das principais doenças do século, com repercussões graves para a saúde individual e coletiva. Sua prevenção e tratamento exigem uma abordagem multidisciplinar, com foco em mudanças de comportamento, tratamentos médicos e, em alguns casos, intervenções cirúrgicas como o balão intragástrico. Com uma estratégia correta, é possível controlar essa condição e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

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Dr. Everson Fernando Malluta é médico e especialista em gastroenterologia com mais de 20 anos de atuação. Se você tem interesse em fazer o uso do balão intragástrico, agende uma consulta e tire todas as suas dúvidas.

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